Homenageamos mulheres inspiradoras, que com humildade e perseverança, transformaram a vida
de milhares de pessoas
Oito de março de 2021. Há cem anos é celebrado oficialmente o Dia Internacional da Mulher.
Em 1908 foi o primeiro ano que a data foi comemorada, após ser realizado um manifesto de 1500 mulheres em prol da igualdade econômica e política no país. Mas só foi após 13 anos que a data foi oficializada.
Isso ocorreu, após um protesto de 90 mil operárias contra o Czar Nicolau II, em 1917, devido às más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O protesto ficou conhecido como “Pão e Paz. ”
Apesar da data já ser reconhecida, somente após mais de 20 anos, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU), assinou o primeiro acordo internacional que firmava princípios de igualdade entre homens e mulheres.
Uma data para ser celebrada com muito orgulho e para continuar a inspirar mulheres em suas lutas diárias.
#Mulheres Inspiradoras
Quatro mulheres e uma coisa em comum: a determinação em fazer a diferença na vida do próximo.
Após muitas desafios e dificuldades enfrentadas, Santa Cândida Maria de Jesus, Zilda Arns Neumann, Irmã Dulce e Malala Yousafzai se tornaram mundialmente conhecidas pela força, perseverança, sabedoria e humildade para lidar com todas as adversidades e não desistir de suas lutas diárias.
No Dia Internacional da Mulher, relembramos as histórias dessas #mulheresinspiradoras.
Santa Cândida Maria de Jesus
Nascida em uma família humilde de tecelões, ainda muito jovem, Juana Josefa Cipitria y Barriola, deixou sua cidade natal para trabalhar e ajudar na renda familiar. No decorrer dos anos, seu coração foi sendo tocado pelas marcas de uma fé profunda. Juana Josefa entrou para o convento e se tornou Cândida Maria de Jesus. Sua trajetória foi marcada por uma grande sensibilidade para com os mais necessitados.
No dia 8 de dezembro de 1871, Santa Cândida, com outras cinco jovens, fundou a Congregação das Filhas de Jesus em Salamanca/Espanha. Inicialmente a proposta foi dedicada à educação cristã para as meninas.
Em 1911, Santa Cândida concretizou seu ideal missionário e realizou a sua primeira expedição rumo ao Brasil. De lá para cá, a Congregação expandiu e hoje está presente em 17 países, educando e evangelizando crianças, jovens e adultos.
Foi beatificada em 12 de maio de 1996 pelo Papa João Paulo II, e canonizada no dia 17 de outubro de 2010, pelo Papa Bento XVI.
Zilda Arns Neumann
Seu interesse pela medicina começou desde a juventude, quando começou a acompanhar sua mãe nos trabalhos de parto que fazia pela cidade de Forquilhinha, município catarinense.
Com o objetivo de cursar a faculdade, Zilda se mudou para Curitiba. Desde então, passou a fazer estágios em hospitais que eram dedicados à população pobre e à pediatria.
Depois de algum tempo, já formada, Zilda Arns com o apoio do cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, criou a Pastoral da Criança em 1983, na cidade de Florestópolis (Paraná). O seu principal objetivo era de levar às comunidades de baixa renda a prevenção e o tratamento adequados para doenças e males que afligiam especialmente crianças e mães.
Com a sua notoriedade crescendo, Zilda passou a cobrar de políticos, da Igreja e da sociedade, uma atenção especial para ações que diminuíssem a mortalidade infantil. Atualmente, a sua instituição está presente em todo o Brasil e em países da África, Ásia e América Latina.
Em sua trajetória recebeu diversos prêmios pelo reconhecimento do seu trabalho e foi indicada pelo governo brasileiro ao Nobel da Paz.
Irmã Dulce
Aos 13 anos, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, hoje Irmã Dulce, já tinha um olhar especial aos mais necessitados. Nessa época, ela levava moradores de rua para tomar banho, se alimentar e dormir na sua própria casa em Salvador. Já aos 19 anos decidiu entrar para o convento e, desde então, passou a se chamar Irmã Dulce.
Seu trabalho foi dedicado aos mais necessitados, através de centros de acolhimento. Transformou um galinheiro em um albergue com atendimento gratuito. Atualmente, o espaço é o Hospital Santo Antônio, um dos maiores da Bahia.
Em 2019, Irmã Dulce foi canonizada pelo Papa Francisco e se tornou Santa Dulce dos Pobres. É a primeira mulher nascida no Brasil a ser canonizada pela Igreja Católica.
Malala Yousafzai
Malala Yousafzai nasceu em 1997, no vale do Swat, Paquistão. Em 2008, o líder talibã, ordenou para que as escolas interrompessem as aulas para as meninas, durante um mês. Nesta época, Malala criou o blog “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, com o objetivo de relatar a sua paixão pelos estudos e todas as dificuldades enfrentadas no Paquistão. Em pouco tempo, passou a ficar conhecida e a conceder entrevistas para a televisão e para os jornais.
Em 2012, aos 15 anos, Malala foi baleada na cabeça por talibãs ao sair da escola. Com a perda do controle do Vale Swat, a justificativa para tal ato foi de que ela era uma ameaça contra o Islã. Após o ataque, Malala precisou ser transferida para o Reino Unido para a sua recuperação.
Em 2014, Malala ganhou o Prêmio Nobel da Paz, com apenas 17 anos. Ela se tornou a pessoa mais jovem a ganhar esse prêmio e é uma referência entre os jovens. Além disso, Malala fundou uma organização não governamental “Malala Found”, com o objetivo de defender o direito à educação para todos. Malala é uma grande inspiração para todos os jovens.
8 de março – Dia Internacional da Mulher
A história de cada uma delas é motivo de orgulho e inspiração para todas as mulheres que, com suas dificuldades e medos, lutam diariamente para fazer o melhor acontecer.
Desejamos a todas vocês um dia muito especial!
Por Simone Rezende
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