De memória somos!
Madre Cândida Maria de Jesus, espanhola que nasceu Juana Josefa Cipitria y Barriola, simplesmente se fez instrumento para realizar a vontade de Deus, sem se esquecer, nunca, dos pobres e excluídos.
09 de agosto de 2022, em algum lugar deste pequeno mundo…
A casa amanheceu florida, do pátio se ouvem músicas e o burburinho das crianças e jovens.
A passos largos chegam educadores, voluntários, vizinhos, religiosas e toda comunidade educativa.
De norte a sul, de leste a oeste, pelo mundo afora, pessoas se mobilizam para festejar e celebrar os 110 anos da passagem de uma pessoa muito especial e que nos impacta cotidianamente com seus ensinamentos.
Sim, talvez esse seja o maior aprendizado de quem, como eu, tem o privilégio de conviver num ambiente com a presença das religiosas Filhas de Jesus: Celebrar com a força do vivido e acolher a morte como encontro com o Criador.
Custei a aprender e apreender o significado dessa convicção de quem se entrega à vontade de Deus, de poder partir “tranquilissimamente tranquila”, como disse Madre Cândida ao falecer em 09 de agosto de 1912.
Mas isso não é poesia, é fé!
Celebramos o testemunho de fé que nos deixou de legado um caminho a trilhar.
A alegria de fazer memória da sua trajetória, de cada conquista na difícil tarefa que teve, como mulher, de construir meios para Evangelizar Educando e Educar Evangelizando.
Fazemos memória de cada passo do seu discernimento para dedicar sua vida fundando a Congregação das Filhas de Jesus, nos idos de 1871 na Espanha, destinada à educação de valores cristãos.
Madre Cândida Maria de Jesus, espanhola que nasceu Juana Josefa Cipitria y Barriola, simplesmente se fez instrumento para realizar a vontade de Deus, sem se esquecer, nunca, dos pobres e excluídos.
Passados mais de um século da sua morte, as ideias e ideais que foram fundantes outrora, ainda têm a força da memória viva, porque foram e são ensinamentos vividos.
Celebrar o legado de Santa Madre Cândida no dia da sua morte é reconhecer sua confiança em Deus e no bem do próximo. Entender a realidade e os chamados para promover a vida e a educação em diferentes circunstâncias é uma inquietante memória e que nos desafia a cada dia como leigos, leigas, religiosas, missionários, colaboradores, familiares e estudantes que nos unimos numa grande “Família Santa Madre Cândida”.
Deixou no seu rastro e na sua digamos rápida passagem, a força de Maria, “Estrela que orienta nossos caminhos, a discípula que nos ensina a cada dia como permanecer fiéis no seguimento de seu filho Jesus”.
Madre Cândida ofereceu sua vida como dom de Deus, para se colocar a serviço do próximo, criando conexões e redes para uma missão comum e encarnada na realidade e nos desafios de cada tempo.
Madre Cândida está viva em cada um de nós, sempre que unimos esforços para, de onde quer que estejamos, possamos contribuir na missão de formar pessoas “éticas, críticas e conscientes de seu lugar e dever na construção da sociedade humana”.
Nos mais de 17 países e nos quatro continentes da Europa, América, África e Ásia, seguimos irmanados com as Filhas de Jesus para dar ainda mais sentido a essa celebração tão emblemática.
Hoje é dia de festa! Viva Madre Cândida! Dia de fazer memória, pois de memória somos!
Que nossos ouvidos sigam escutando seus ensinamentos, nossos passos sigam o caminho que desbravou, nossos lábios saibam educar com afeto e alegria, nosso olhar seja sempre acolhedor e curioso, nossas mãos construam pontes, nosso corpo não se canse de se emocionar e de se doar ao próximo.
Sigo sentindo o cheiro da casa que amanheceu florida e ouço acordes e vozes que me trazem alegria.
Viva Madre Cândida! Sua força habita em nós!
Por Maria José Brant (Deka)
Assistente Social, Mestra em Gestão Social, Missionária Madre Cândida
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O que diz a Madre Cândida?
Carta de Santa Cândida Maria de Jesus aos educadores e famílias da Rede Filhas de Jesus.
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