Projeto Acolher e Proteger completa uma década com 5 mil atendimentos em BH
As Filhas de Jesus e o Serviço Jesuítas de Migrantes e Refugiados (SJMR) celebraram os 10 anos de parceria do projeto Acolher e Proteger. O encontro comemorativo aconteceu no dia 25 de novembro, na Casa Santíssima Trindade, e contou com a participação da Provincial Brasil-Caribe das Filhas de Jesus, Irmã Sonia Maria Soares da Rocha, da ecônoma no Brasil das Filhas de Jesus, irmã Maria José Alves Machado, e do Diretor Nacional do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, Padre Agnaldo Pereira de Oliveira Júnior. Além de membros do escritório do SJMR e do Centro de Serviços Compartilhados das Filhas de Jesus.
O projeto acolhe migrantes e refugiados de diversos países em várias cidades do Brasil. Em Belo Horizonte, nesses 10 anos de trabalho conjunto, mais de 5 mil migrantes foram atendidos.
Padre Agnaldo Pereira de Oliveira Júnior, diretor nacional do SJMR, iniciou a comemoração fazendo memória do projeto. “Passamos essa manhã fazendo memória e agradecidos por esses 10 anos. É muito rico estarmos assentados nessa roda, as duas congregações, celebrando essa parceria”, declarou.
A provincial das Filhas de Jesus, irmã Sonia Maria Soares da Rocha, falou sobre o olhar atento da congregação para o problema da mobilidade humana. “Quero agradecer a oportunidade de sermos parceiros, colaboradores, proporcionando para tantos e tantas esses benefícios. Iniciamos essa parceria, há 10 anos, com o desejo de que as nossas junioras fossem voluntárias nesse projeto. Essa nossa parceria nasce, em primeiro lugar, do nosso compromisso como cristãs. Não podemos deixar de trazer presente a sensibilidade da Madre Cândida que já nos suscitava:- Tudo para a maior glória de Deus e o bem do próximo. Nossa fundadora trazia a sensibilidade aos mais necessitados, onde não tivesse lugar para os pobres não havia lugar para ela. Essa intenção, essa inspiração e esse desejo da Madre Cândida são cumpridos neste projeto. A mobilidade humana tem nos ocupado na Congregação, porque cada pessoa pertence à humanidade e temos um compromisso com a humanidade. O drama da mobilidade humana deve nos colocar em saída para responder ao grito urgente dos migrantes e refugiados. É um trabalho em colaboração”.
“Estamos aqui como um pequeno grão, colaborando nesse trabalho tão bonito. Sigo o projeto de perto, através do que me chega. Sinto esse chamado de atenção à migração no mundo. Sozinhos não temos condições, mas em parcerias e com outros, nossas pernas esticam e chegamos lá”, completou a irmã Maria José Alves Machado, ecônoma das Filhas de Jesus no Brasil.
A assessora das Filhas de Jesus e assistente social, Maria José Brant, falou sobre a intercessão de convicções que o projeto apresenta entre as duas congregações. “Nós estamos no lugar certo, na hora certa e fazendo a coisa certa. Completar 10 anos nos dá sinais de vitalidade. As Filhas de Jesus têm uma convicção na área social. É uma parceria movida pela convicção, é uma forma de continuidade da vocação religiosa no tempo e no espaço atuais. Ser uma presença potente na necessidade atual da humanidade. Não é uma parceria só de repasse de recursos, é uma parceria de comunhão de convicção”.
Por Renata Dantas